Tudo à volta se move.
É firme e seca a terra
e eu sinto que as águas me engolem.
Julguei-me o sonho
mas dele
não sou mais que a névoa.
O provável que afastas
com medo que arda.
A poeira pousada no vestido transparente
da solidão que persegues.
Baixo os braços
cansada
de ficar frente às luzes que acendes.
Uma a uma sopro-as.
A dor tacteia as paredes
mas eu sou
o escuro do quarto que a cega.
Enquanto o silêncio alucina ainda
com o gemido de outras noites
eu emerjo do fundo do poço
sem que os meus lábios beijem as águas.
Sónia M
Grata pela voz e pelo excelente trabalho.
Um forte abraço.
Sónia M
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a Sónia é uma escritora que sabe usar as palavras com a sensibilidade à flor da pele
ouvir este poema é um grande momento de poesia.
parabéns aos dois.
grata!
Piedade Araújo Sol
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Sublime
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