InVersos: Manuel Veiga – Poema Quase-Nada


Despenha-se o poeta no vórtice
Qual sarça onde a palavra nasce
E reina. E arde labareda
Feita carne. E lume.

E o olhar rodopia.
Cascata de fogo
E água.

Agora é chama. Que reclama.
E se evapora na distância.
E na ausência-presença
Que se cuida. E guarda.

Poema
Que sendo quase-nada
Se declina. E se proclama
Sinfonia.

Manuel Veiga

Lido e produzido por Rui Diniz

Música:
Ray Montford – “May it begin”
Magnatune.com
Creative Commons License

5 thoughts on “InVersos: Manuel Veiga – Poema Quase-Nada

  1. Como as palavras se podem dizer até Sinfonia…

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  2. Sigo a poesia de Manuel Veiga faz alguns anos, e é muito agradável ouvir aqui pela excelente voz de Rui Diniz . muitos parabéns aos dois! 🙂

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  3. Uma só palavra, LINDO!

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  4. Que bela dicção em duplo sentido. Bravíssimos!

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